Em 1967, um jovem rapaz estava pintando uma paisagem negra com um jardim verde que emergia do vácuo, um verde muito escuro brotando do quadro. Subitamente ele ouviu o vento bater e teve a impressão de que a grama se moveu um pouco no quadro. Esta epifania seria o gatilho. O rapaz queria acrescentar som e movimento às suas pinturas, daí viriam os curtas: Seis Homens Adoecendo (seis vezes), Alfabeto, A avó e seu primeiro longa Eraserhead.
É sempre bom lembrar que por mais abstrato que seja, em qualquer filme de David Lynch existe uma fresta por onde uma narrativa escoa. Em Eraserhead, as relações de compromisso e o peso claustrofóbico que elas causam em Henry, formam a paisagem interna desse homem atormentado.
A matéria que dá forma aos seus filmes é uma substância somente encontrada em locais obscuros. Do que outrora fora um jardim, hoje se firma como um planeta. Entre estradas, corredores e sonhos, todos os caminhos levam ao planeta negro.
País: Estados Unidos
Ano:1977
Duração: 89 minutos
14 anos
Serviço:
Dia 21 de Junho, quinta-feira às 18h30
no Auditório do CCBEU(excepcionalmente)
(Travessa Padre Eutíquio, 1309)
ENTRADA FRANCA
Realização: APJCC e CCBEU
Apoio: Cine GEMPAC
Curadoria: Tiago Freitas e Max Andreone
Mais informações:
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